A Igreja em Portugal prepara-se para reabir as portas dos seus templos.
Com a passagem do estado de emergência para o estado de calamidade, Portugal procura regressar à normalidade possível, sabendo que o coronavírus continua ativo entre nós, seja no contágio, seja na letalidade. Saber viver com mais responsabilidade ainda nesta fase de desconfinamento é tarefa de todos nós.
Para a Igreja, que tem sido exemplar no modo como tem respondido à pandemia, esta hora é, também, de se preparar para a reabertura possível. Continuando a ter a grande responsabilidade de prevenir o contágio da enfermidade, a Igreja já apresentou Orientações para a retoma gradual do culto público. A leitura desse documento dos nossos Bispos, disponível no site (paroquiadefafe.com), ajuda, desde já, à compreensão abrangente das diversas situações. É indiscutível para todos que os tempos que vivemos acarretam muitas mudanças a vários níveis que terão grande impacto na vida das paróquias e dos paroquianos.
No que concerne à missa com Povo, está prevista regressar no Pentecostes, a 30 e 31 de Maio. Nesta fase, não poderemos contar com a colaboração habitual do Cónego Valdemar e do Pe. Mota, e, por isso, todas as Missas ficam inteiramente para os Párocos, que também terão de celebrar em Fornelos e, como nos últimos meses, em Antime. Ora, isto significa que alguma coisa terá de mudar em relação ao número de missas e seus horários… Quantas missas e a que horas é algo que ainda estamos a estabelecer.
Todavia, antes disso, é imperioso dizer, desde já, que as nossas igrejas terão de observar um conjunto de medidas de proteção, segurança e higiene, como, por exemplo, a limitação da lotação dos edifícios a um terço do total. Isso significa que por muitas missas que celebremos (dentro do permitido pela Igreja) não será possível a participação de todos nas celebrações que vierem a ter lugar.
Além disso, teremos de garantir, com segurança, que para cada missa se dirige apenas o número de pessoas possível tendo em conta a lotação da mesma. No nosso caso, a forma mais viável e segura de fazer isto, por muito estranha que nos pareça, mas também como o sugerem os Bispos de Portugal, é estabelecer que as pessoas que queiram participar na Missa se tenham que inscrever previamente para tal. Contudo, também esta inscrição deverá ter regras, de modo a que se dê oportunidade alargada a todos e não sempre aos mesmos. O meio e o modo de fazer isto está em reflexão e será anunciado oportunamente por nós.
A este propósito, não podemos esquecer o necessário e oportuno conselho dos nossos Bispos: “Pede-se aos fiéis que estão ou se sentem doentes que não vão à Missa. (…) Convidam-se fiéis pertencentes a grupos de risco a não frequentar a Missa dominical; por razões imperiosas, poderão ir à Missa durante a semana, em que há menos fiéis”.
Nas igrejas, além da limitação dos espaços, da parte da Paróquia, haverá a necessidade de providenciar meios logísticos e humanos para que se faça a higienização e desinfecção dos espaços. Para lá do investimento económico que isto acarreta, precisamos de contar com uma grande colaboração de pessoas para criarmos equipas de acolhimento responsáveis por auxiliar os fiéis, supervisionar e garantir o respeito das normas estabelecidas, assim como proceder à desinfeção dos espaços no final.
No interior das igrejas, registe-se já, será obrigatório o uso de máscara e o distanciamento entre fiéis. Na entrada e saída existirá gel desinfectante para as mãos. A mobilidade durante a celebração é condicionada, fazendo-se a entrada e saída por portas diferentes.
Os ministérios litúrgicos (leitores, acólitos, cantores, sacristães e ministros extraordinários da comunhão) serão reduzidos ao estritamente necessário, sob a nossa supervisão.
O que podemos dizer por agora é que na Paróquia de Fafe, as igrejas ainda não abrirão esta semana. Mas quando abrirem, seja para a oração individual, seja para a Missa, abrirão com estas e outras regras. Estamos a trabalhar para criar as condições de proteção e segurança, com exigência. Na próxima semana iremos apresentar o conjunto das orientações para a retoma do culto público.
Os Párocos
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