Mensagem de D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz, por ocasião da abertura do Ano Pastoral de 2018/2019
Ser comunidade missionária é a meta principal a que a Arquidiocese se propõe neste Ano Pastoral. Completamos um quinquénio dedicado à identidade cristã e agora habitamos o coração de um triénio pastoral que nos fará tocar a esperança. É um caminho de enorme responsabilidade que ganha forma através do silêncio, obras, persistência e confiança. Queremos, por isso, despertar a esperança tanto nas nossas vidas como nas comunidades cristãs e na sociedade em geral.
Este Programa Pastoral é fruto de um longo tempo de maturação nos diversos Conselhos: Pastoral, Presbiteral e Arciprestal. Tal empenho permitiu que agora todas as comunidades paroquiais programem as suas actividades com solidez e espírito de unidade. A abertura do Ano Pastoral é, por isso, e antes de mais, um sinal concreto de unidade na Arquidiocese mas também um estímulo a que a temática da missão abrace todas as iniciativas das comunidades, departamentos e movimentos.
A sintonia de espírito é aquilo que dá força à identidade de um Programa Arquidiocesano. Estamos certos que, porventura, cada comunidade teria a capacidade e a criatividade para enveredar por outros caminhos igualmente legítimos. Mesmo reconhecendo essa possibilidade, a dispersão pastoral seria sempre vista pelos cristãos como um inequívoco contra-testemunho eclesial. Para além disso, acolher e concretizar a nível local um programa diocesano não belisca em nada a identidade pastoral de cada paróquia e movimento. Antes pelo contrário. É necessária uma diversidade de iniciativas que traduza a riqueza e a criatividade da inspiração divina.
No ano passado deixamo-nos guiar pela responsabilidade de semear a esperança. Este ano queremos “ser esperança” e tecer comunidades acolhedoras e missionárias. É, por isso, importante concretizar os desafios pastorais apresentados no Programa, sobretudo os seis aspectos elencados na dinâmica Pascal, a passagem da morte à vida. Cada um deles é um tesouro e um estímulo à diversidade pastoral das paróquias e movimentos.
Em Conselho de Arciprestes ficou decido que a abertura do Ano Pastoral deveria acontecer em todas as paróquias no primeiro Domingo de Outubro. Convido, neste sentido, todas as comunidades a acolherem com alegria as exigências deste Programa e a assinalarem convenientemente o arranque do Ano Pastoral.
S. Martinho de Dume, padroeiro secundário da Arquidiocese, renovou a vida da diocese em tempos considerados “novos”, evangelizando sobretudo os suevos. Hoje temos também um mundo novo que não permite que nos instalemos nas coisas do passado. Celebremos o Dia da Diocese com a consciência da missão que Deus confia a cada um.
† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz
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